O presidente norte-americano Barack Obama decidiu abdicar de 5% do seu salário mensal num gesto de solidariedade para com os trabalhadores da função pública que estão a ser afetados pelos fortes cortes no orçamento que entraram em vigor o mês passado.
Uma fonte oficial da administração dos EUA anunciou, esta quarta-feira, que a 'devolução' determinada pessoalmente por Obama começou em Março e deverá prolongar-se até ao final de Dezembro, escreve a agência Reuters.
"O presidente decidiu partilhar o sacrifício feito pelos funcionários públicos que estão a ser afetados pelos cortes e irá contribuir com a doação de uma parte do seu salário ao Tesouro norte-americano", afirmou Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, em declarações aos jornalistas que viajavam com o presidente pelo Colorado e a Califórnia.
Anualmente, Barack Obama arrecada 400 mil dólares (cerca de 313 mil euros) e, segundo Carney, decidiu cortar este valor em 5%, o que, no total, corresponderá a uma redução de 20 mil dólares (aproximadamente 16 mil euros), percentagem semelhante à dos cortes que afetam a população em resultado deste aperto de cinto.
De realçar que a decisão do presidente foi anunciada pouco depois de o chefe do Departamento de Defesa dos EUA ter também revelado que pretendia devolver ao país uma parcela do seu salário equivalente à que foi perdida pelos funcionários civis.
Chuck Hagel, secretário da Defesa, vai entregar ao governo o equivalente a 14 dias de pagamento (cerca de 8 mil euros), de acordo com o que foi avançado pelo seu porta-voz na terça-feira.
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